Eles também vão alinhar formas de combater ilícitos transnacionais, principalmente o crime organizado, a lavagem de dinheiro e o tráfico de entorpecentes. Essas serão as prioridades durante a rodada de encontros e debates na capital, que recebe pela segunda vez a cúpula.
Em 2019, o Brasil tem a missão de exercer a presidência de turno do grupo. Além desses eventos, ocorrem as cúpulas presidenciais, com a presença dos governantes à margem do G20, formação que reúne as maiores economias do mundo. Este ano, o evento do G20 ocorreu em Osaka, no Japão. O Brics chega a organizar, ao longo de um ano, cerca de 100 reuniões e eventos técnicos em áreas diversas como cultura, educação e esporte. O Distrito Federal tem aproveitado essa agenda intensa para entrar na esteira de ações conjuntas do bloco.
Nesta semana, por exemplo, a Secretaria de Economia promoveu um seminário para buscar cooperação técnica com o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (New Development Bank (NDB). A instituição financeira está atrelada a ofertas de crédito acessíveis para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável entre os países membros como alternativa ao Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Novas parcerias
A vinda de empresários, investidores e representações governamentais dos países membros também abriu os olhos do GDF para parcerias nas áreas de transporte sustentável e comércio. O governo tem buscado financiamento e alternativas de projetos para a privatização da Companhia Energética de Brasília (CEB) e do Metrô, bem como novas Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Mantendo a política de integração entre as secretarias de governo, o GDF tem envolvido representantes das pastas nas rodadas de eventos do grupo. Em agosto, o Distrito Federal sediou o 1º Workshop Brics sobre Banco de Leite Humano. A capital é o único lugar no mundo com 100% de cobertura de bancos de leite e postos de coleta nas unidades públicas e privadas de saúde com UTI neonatal. Por esse motivo, foi escolhida para receber o evento.